terça-feira, julho 2

Gargalhemos

(Minhas) Considerações acerca da Seleção Brasileira de Futebol e das recentes (e mais que importantes! diria: imprescindíveis!!!) Manifestações. 

O "pão e circo" só se confirma quando o palhaço se torna motivo apenas e tão somente de riso. Quando a sátira apresentada pelo riso solto (leia-se: grito de campeão) se faz reflexão, o "circo" se comporta da maneira exata a q se propõe. Quando o riso passa (ou até mesmo durante as gargalhadas!), se ações e pensamentos de mudança ficarem, o palhaço trabalhou com eficiência.
É preciso que se ria! É preciso mostrar os dentes nas gargalhadas (leia-se: ficar rouco durante uma final vitoriosa contra a Espanha)!

Mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto... Assim como no tetro grego - lá onde a comédia se ligava profundamente à sátira consciente -, é importante que nós (hoje, no turbilhão que nos envolve, no olho do furacão das mudanças) não nos satisfaçamos com o circo! Os "palhaços" não somos (mais) nós. E agora, parece-me, sabemos disso!

Não adianta, pois, fecharmos os olhos para o que sempre foi motivo de riso nesta pátria mãe gentil. O futebol é nossa alegria. Não mais o nosso ópio. Não sejamos tão tão "politizados" (leia-se, agora sem meias palavras: HIPÓCRITAS!)...

É preciso que se ria!
É preciso que se pense!

Estamos no caminho. Não aceitamos mais só o pão e nem apenas o circo. Afinal, "A gente não quer só comida: a gente comida, diversão e arte".

Sejamos brasileiros pensantes. E gargalhemos! 


(1º de julho. ai, julho...)

ela

e no meio do turbilhão de emoções que agora a invade, escreve apenas para registrar.

sabe da sua pequenez ante todos os agouros por que passa seu país. sabe do quanto precisa ler e escrever e assistir e analisar, caso queira (e quer!) mudar a si própria para, então, modificar o seu entorno. mas, hoje, ela também sabe que, pela primeira vez na história dela mesma, sentiu-se orgulhosa de ser brasileira! sua admiração pela educação impedia que pudesse ovacionar a deficiente realidade em que vive. mas, hoje, ela saiu às ruas. hoje, ela viu seus alunos, nas ruas, manifestando-se contrários às mazelas pelas quais sofre todo um povo. todo um povo que, finalmente!, resolveu dizer "Não! Assim não está bom! Assim a gente não quer. Assim a gente não quer mais!". hoje ela leu, pela (revolucionária, pode-se assim dizer?) internet, seus ex alunos publicando palavras de ordem em prol de um Brasil melhor. mais justo. para todos. e isso a orgulha 'deveras'! hoje, os seus mais queridos mostraram que os que a cercam são os que ela escolheria - mil vezes outra vez, se possível - ter por perto! estão lá, emocionados, como ela, felizes, como ela, por se certificarem de que um filho desta pátria mãe gentil não foge à luta! hoje ela se sabe privilegiada por viver um dia assim. um momento assim. um descobrimento assim do seu povo. a partir de hoje, ela tem muito orgulho de ser brasileira.

Hoje ela não se esconde em codinomes ou heterônimos ou anônimos ou o que for. Hoje essa aí tem nome. Nome real.
Muito prazer, meu nome não é mais otário!
Meu nome é Roberta Estevam Henriques.
Brasileira.


(dias atrás)

(Des-)Fragmentando

Frag-Men-Tos 
de uma vida alheia. 
de escritos além...


"não escrevo mais. soy un saco vazio. cheia de amor e música. mas sem frases e palavras boas. criativamente vazia. exaustivamente amando."


Ana Cañas

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Divididos pelo milagre da vida a se renovar e a imensa tristeza da morte precoce. Somos nós, família Henriques Coelho, hoje, dia 23 de janeiro de 2012.
Alícia Henriques e Gustavo Coelho. Presentes em nossos corações sempre e para sempre.
Amor. E só.

(23 de janeiro de 2012)

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Depois de muita chuva, dia claro, sol de outono.

Os céus, hoje, estão em festa.
Viva o menino malandro, preto bonito, de sorriso farto e pouco juízo.
Viva o menino Gustavo.

Por hoje, saudades e orações.

(25 de janeiro de 2012)

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artigos, pronomes e eu: às vezes indefinidos.

(5 de junho de 2012)

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Pessoas vêm e vão, num movimento estranho aos olhos de quem para.

Marília escutou, dias atrás, do "namorido", algo sobre sua personalidade alheia. alheia às distâncias, alheia aos movimentos do mar, alheia. "Aparentemente alheia", pensou ela, no exato momento em que passaram pelo mar - "coisa mais linda do mundo, credo!".

Temor, então, tomou conta da Marília... "E os queridos sumidos? e as ondas de Itacaré? e os livros empoeirados ainda não lidos na prateleira da sala? Alheia?!"

Não... Marília sabe. A dor da ausência. o silêncio cortante, sem conforto. A poeira dos dias. Sabe que estão apenas parados. Nela. Doendo vezemquando. Sorrindo outro dia. Deixando saudade, quase sempre.

(2 de outubro de 2012)

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Em segredo, por mensagem, acabo de ler uma homenagem pelo dia dos professores. 

Somos uma das profissões acadêmicas mais desvalorizadas... Trabalhamos horas e horas fora de sala, em casa, em feriados, inclusive no dia dos professores...

Eu, no entanto, orgulhosa professora do Ensino Fundamental, lido com vidas em formação, com crianças de 11, 10 anos até!, todas as semanas. São agitados os meus. (Desde os idos do Primeiro Mundo, lá em "2000 e eles já estão na faculdade", passando pelos inesquecíveis anos de Darwin Coqueiral.)
Mas é ali, em sala de aula - sendo um pouco mãe (canceriana nata), um pouco psicóloga, um pouco professora, muito aluna -, que a vida se renova. Que a minha vida se renova.

Ser professora, no meu caso, é uma opção que renovo a cada nova semana, viajando 9, 10 horas para chegar ao trabalho. Opção! E Não falta de. 

Ser chamada de professora por cada um de meus alunos e ex alunos é um orgulho (orgulho este que aumenta quando lembro de tantos e tantos queridos, hoje saudade. Hoje amigos. No coração). Orgulho maior ainda é deixar nos meus, mesmo que em alguns apenas, o despertar. O despertar para a vida. O despertar para o seu interior. O despertar para o pensar diferente. Para aceitar o diferente.
E eu sei que em muitos deles plantei a semente do novo olhar. 


Isso é ser valorizada!

Aos meus queridos, alunos e ex alunos e amigos alunos, mais uma vez hoje, obrigada.

(Obrigada, Gabi! Vc me fez chorar e refletir! Muito obrigada!)


(15 de outubro de 2012)

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Repugno pessoas que se denominam religiosas e destratam, maltratam o próximo ou qualquer outro ser animado. Repugno uma "religião" tão falsa. Repugno e repudio esses que professam seu "deus" pelos quatro cantos e não vivem os ensinamentos Daquele que tanto amou Seus irmãos. 

Repudio a falsidade religiosa que ultimamente, infelizmente, impera...
Haja Deus para tanto descrédito, para tanto "religiosismo" barato... 

Boa dia por quê?

(9 de maio de 2013)

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Ao (meu) Amor:


Das comemorações do dia 14. Os primeiros 11 meses do restante das nossas vidas. Juntos. Como deve ser. Como queremos que seja.


(14 de maio de 2013)

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Não são nem dez horas da manhã. Aproximadamente o mesmo horário em que ontem, tristemente, soube do grave acidente ocorrido com o ônibus da Águia Branca. 
Ontem, à noite, noticiaram 10 mortos... 
Ontem, e ainda hoje, por motivos meus, sempre que ouço sobre meu coração aperta, a garganta estranha e engole torto... meus olhos marejam... minha boca se cala. 

Este carro faz praticamente o mesmo trajeto que eu e meus colegas de trabalho, duas vezes por semana, percorremos. Em busca de uma vida digna, de um salário mais compatível com nosso trabalho.
Esse carro é da empresa que há tempos, e ainda hoje, traz professores de Vitória para a Bahia. É uma empresa confiável, com motoristas capacitados. Mas ninguém está livre de um acidente...
E eu, e meus colegas, e vários outros que toda semana vêm e vão de Vitória para a Bahia, estamos expostos, semanalmente, à BR 101...

Cristã, entro no ônibus e peço que Maria passe na frente e me traga em segurança para o trabalho.
Cristã, minha família entrega minha vida a Deus todos os dias em que viajo. Sei que sou amada.

E hoje, após a notícia do grave acidente de ontem, recebi mais uma prova de amor vinda dessa família sem igual. Dessa família que tem primos irmãos e irmãos amigos. Desse família cheia de defeitos, mas que se ama, acima de tudo.

Diego, sem clichês, OBRIGADA POR VOCÊ SER MEU PRIMO, POR SER MEU IRMÃO.
Amor não se agradece, aprendi certa vez. Amor se retribui. E é assim que quero fazer. Amo você. Desde sempre. E para sempre. Por onde quer que eu vá.

Obrigada também ao amigo do coração, Saulo, que preocupado pediu notícias. Meu querido.

É isso que faz a vida valer a pena. Apesar dos incidentes e acidentes no percurso.


(16 de maio de 2013)

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quarta-feira, maio 4

Madalena

Hoje Madalena carrega no corpo o peso do mundo inteiro.
Hoje o quarto de Madalena parece o céu, com direito a som dos anjos.
Hoje a cama de Madalena se faz mais forte, e abraça a dona, carinho puro, porque sabe, sem precisar palavras, que hoje Madalena carrega no corpo o peso do mundo inteiro.
- Por que, Madalena?
- Porque, assim sendo, é...
E sonha.

segunda-feira, abril 18

Defeitos

Ela é uma pessoa difícil de lidar. Às vezes até um pouco pessimista. Ela queima o arroz, odeia lavar a louça, e não escuta música clássica. Foge da salada e adora fast food. Mata a academia mas não mata uma barata! Não sabe economizar dinheiro e nem palavras. Teimosa, bipolar, vingativa. Dificilmente aceita alguma opinião e facilmente se irrita. Ela tem ciúmes, tem inseguranças, tem manias. Ela tem todos esse defeitos que compensam com sua principal característica: ela tem um bom coração.